17 de janeiro de 2008

Fernando Couto

Fernando Manuel Silva Couto nasceu no dia 2 de Agosto de 1969 em Espinho.
Começou por jogar futebol no clube da sua terra, o S.C. Espinho, passou depois para o Lusitânia Futebol Clube de Lourosa e ainda junior ingressou no Futebol Clube do Porto.
Ainda júnior e teve a sua estreia na equipa principal dos Dragões na temporada 1987/88 quando o treinador Tomislav Ivic o colocou a títular no jogo da 37ª e penultima jornada do Campeonato Nacional. A partida disputou-se em Coimbra, no Estádio Municipal e os Dragões venceram os estudantes por 1-0.
Foi emprestado ao F.C. Famalicão da 3ª divisão em 1988/89 e na temporada seguinte representou também por empréstimo a Académica de Coimbra da 2ª divisão.
No ano de 1989, foi Campeão do Mundo de sub-20 no mundial realizada na Arábia Saudita.
Em 1990/91 regressou ao F.C. Porto já com a orientação de Artur Jorge, e nesse ano de estreia foi titular em 25 jogos e ajudou a conquistar a Taça de Portugal. Foi também em 1990 que se estreou na Selecção Nacional no dia 19 de Dezembro na Maia, para um jogo amigável contra os Estados Unidos.
Em 1991/92 e 1992/93, sagrou-se Campeão Nacional e começou a despertar a cobiça dos melhores clubes da Europa.
Na temporada de 1993/94 venceu de novo a Taça de Portugal e no final da época deixou o Futebol Clube do Porto.
De Dragão ao peito, Fernando Couto jogou durante 5 épocas. Conquistou 10 Títulos, disputou 158 partidas oficiais e marcou 12 golos.
Em 1994/95 transferiu-se para o Parma F.C. de Itália onde na temporada seguinte venceu a Taça UEFA e ficou em 2º lugar no campeonato. O estatuto de títular indiscutível já não se manteve na época seguinte na equipa italiana, o que já não acontecia na Selecção de Portugal que nesse ano de 1996 disputou o Campeonato da Europa em Inglaterra, e as boas exibições do defesa central fizeram com que os espanhóis do F.C. Barcelona o fossem buscar a Itália.
Esteve duas épocas em Espanha e em 1996/97 voltou a vencer uma prova europeia, desta vez a já extinta Taça dos Clubes Vencedores das Taças, e na temporada seguinte sagrou-se campeão espanhol.
Em 1998/99 voltou a Itália para defender a camisola da S.S.Lazio, e na temporada seguinte não só repetiu a vitória na Taça dos Clubes Vencedores das Taças como foi Campeão de Itália.
Em Abril de 2001 foi acusado de doping, mas nunca se provou que Fernando Couto estivesse dopado. A prová-lo estão uma série de análises com resultado negativo antes e depois do fatídico controle de 28 de Janeiro, entre as quais uma análise ao cabelo feita em Abril e que permite afirmar que o jogador não se dopou nos 6 meses anteriores à recolha. Mesmo assim, Fernando Couto foi punido com uma suspensão desportiva de 10 meses que posteriormente foi reduzida para 5 meses. Depois desse pesadelo voltou a jogar pela S.S. Lazio tendo sido capitão de equipa apesar de ser um jogador estrangeiro.
Fernando Couto representou ainda a Selecção Nacional. Envergou a braçadeira de capitão até ao final do Euro 2004 realizado em Portugal. Foi internacional por 110 vezes e marcou 7 golos. Esteve presente nos Campeonatos da Europa de 1996, 2000 e 2004 e no Campeonato do Mundo de 2002.
Na temporada de 2005/06 regressou ao Parma F.C.. Representou o clube italiano durante mais três temporadas e em 2007/08 terminou a sua carreira.
Em 2010 assumiu o cargo de Director de Futebol do S.C. Braga, lugar que ocupou até finais de 2011.
Em 2012 abraçou a carreira de treinador e partiu para a Índia onde assumiu o comando técnico do Manchester Howrah. Mas a aventura em terras asiaticas durou pouco tempo e regressou a Portugal no inicio da temporada de 2012/13 para ingressar na equipa técnica do S.C. Braga onde permaneceu até 2014.

Palmarés
2 Taças dos Vencedores das Taças
1 Taça UEFA
2 Supertaças Europeias
3 Campeonatos Nacionais da 1ª Divisão (Portugal)
3 Taças de Portugal
2 Supertaças Cândido de Oliveira
1 Campeonato de Espanha
2 Taças de Espanha
1 Supertaça de Espanha
1 Campeonato de Itália
2 Taças de Itália
1 Supertaça de Itália

2 comentários:

Paulo Pereira disse...

Sem dúvida, um defesa central de eleição, ainda hoje resistente no difícil calcio. Foi, posso dizê-lo, o meu ídolo de adolescência, a par de Baía. Adorava a forma impetuosa como abordava os lances, o ardor posto em cada partida, a longa cabeleira, imagem de marca, k lhe conferia uma aura de bad boy.

Esteve em grande, no Porto, sob a batuta do sagaz Robson e de Oliveira, conseguindo extrair ensinamentos enormes k lhe permitiram o sucesso k a sua longa carreira desportiva tem.

Dele, existe um jogo, fora com o Bremen, pra Champions, k é o expoente de tudo aquilo k disse anteriormente. Fabuloso na defesa, um herói intratável, uma verdadeira muralha de aço, k não permitiu qualquer veleidade aos alemães. Vencemos por 5-0.

Abraço,

Paulo Moreira disse...

Esse jogo contra o Werder Bremen lá na Alemanha ficou prá história e eu tenho a sorte de o ter gravado em VHS, não sei bem o que me deu para o gravar mas ainda bem que o fiz.

Nesse jogo acho que brilharam todos os jogadores do FCP, foi uma das melhores exibições do Porto e uma das maiores goleadas da história da Liga dos Campeões.