7 de janeiro de 2013

Gualter

Manuel Gualter Martins da Costa nasceu no dia 6 de Agosto de 1945 na cidade de Guimarães.
Desde tenra idade que o futebol o fascinou, e assim foi sem surpresa que, ainda adolescente, ingressou nas camadas jovens do V. Guimarães.
De início, ainda teve que dividir os pontapés na bola com o trabalho de mecânico, mas o futebol acabou por levar a melhor.
Na temporada de 1963/64 estreou-se na equipa principal dos vimarenenses, onde se manteve durante seis temporadas e onde começou a despertar a cobiça dos principais clubes nacionais.
No início da temporada de 1969/70 transferiu-se para o Futebol Clube do Porto. A sua estreia com a camisola dos Dragões aconteceu no dia 7 de Setembro de 1969 no estádio do Restelo onde os portistas empataram 1-1 com o C.F. Belenenses, numa partida a contar para a 1ª jornada do Campeonato Nacional da época de 1969/70.
Do jogo da sua estreia oficial pelo F. C. Porto, contra o Belenenses, no Restelo, Gualter guarda este episódio curiosíssimo: "Julgando envergar, ainda, a camisola do V.Guimarães e porque o Belenenses alinhou nesse jogo de camisola branca, passei quase toda a primeira parte a colaborar (involuntariamente, já se vê) com o extremo esquerdo da equipa lisboeta. Correndo pela extrema-direita como era meu hábito quando jogador do Vitória, acabava por passar a bola ao número 11 de Belém, muito convencido de que estava a jogar para um colega. Só mais tarde quando dei pela confusão, é que passei a produzir algo mais para a equipa azul e branca, mas sem nunca ter atingido a produção normal".
Em Dezembro de 1969 sofreu uma grave lesão que lhe poderia ter custado a carreira. Voltou aos relvados em Março do ano seguinte e começou desde essa altura a ser um dos jogadores fundamentais do plantel portista.
Apesar de não ter conquistado nenhum título, Gualter venceu algumas partidas importantes. À cabeça vem logo o jogo em que o F.C. Porto goleou o S.L. Benfica por 4-0 com todos os golos a serem apontados por Lemos, no dia 31 de Janeiro de 1971. Ainda a primeira eliminatória da Taça UEFA da temporada de 1972/73 em que os portistas venceram nos dois jogos o F.C. Barcelona. Mais cedo, em Janeiro de 1970, os portistas foram convidados pelo São Paulo F.C. para o jogo da festa de inauguração do Estádio Cícero Pompeu de Toledo, ou Estádio do Morumbi, como é mais conhecido. O jogo terminou com um empate 1-1.
No final da temporada de 1973/74 deixou o F.C. Porto. Nas 5 temporadas que passou nas Antas, Gualter disputou 106 jogos oficiais e apontou 1 golo, foi contra o Anadia F.C. no jogo dos 16 avos-de-final da Taça de Portugal de 1971/72 em que os Dragões venceram por 8-0 no Estádio das Antas, com Gualter a apontar o ultimo golo da partida aos 85 minutos.
Faleceu no dia 29 de Julho de 2015.

7 comentários:

Anónimo disse...

Defesa que inicialmente deu ideia de poder seguir as pisadas de Virgílio e Festa, na manutenção da tradição de famosos defesas laterais, mas depois, talvez também por ter passado no clube numa fase baixa, não chegou a atingir o plano que se augurava. Entre a massa adepta ficou ainda ligado, sem ter havido certezas porém, a um jogo em que o Guimarães não desceu de divisão graças a um empate que o Porto cedeu, ou o Guimarães conseguiu, embora sem grande empenho demonstrado pelos contendores. Curiosamente ficou com muitos admiradores dentro da massa associativa portista, mas é sempre mais associado publicamente à vida do Vit. Guimarães.

dragao vila pouca disse...

Concordo com o Armando. Parecia um defesa para marcar uma era, mas teve azar no tempo e nunca cumpriu as promessas. Mas era um lateral moderno, com força e pulmão, que subia e recuperava bem.

Abraço

Anónimo disse...

Querem vê-lo e estar com ele?

Perguntem no Baraton (Av Aliados) quando passa por lá...

Contou-nos uma história com o Pavão poucos dias de este morrer passada precisamente na Avenida dos Aliados!

Tratavam-se por Fernando e Manel...

A estreia dele no FC Porto, embora não oficial, foi num particular nas Antas com o Braga na despedida do Américo em que este enormissimo guarda redes, simbólicamente, entregou a camisola ao... Aníbal!

Tenho a separata do referido jogo no Restelo! Os episódios que ele conta aquando este jogo só pode ser por brincadeira; dessa forma só nos lembramos do Manaca em Guimarães que nos tirou o tri em 1980!

Anónimo disse...

... pisadas de Virgilio e Festa amigo Armando? Nem pensar!

(Nem parece que é o "historiador" deste painel, na ausência de museu)


Que diferença! Era de arregaçar as mangas e ferrar a lingua! Do mesmo estilo só vimos,mais tarde, o João Pinto (outras épocas),

O mais parecido terá sido o Atraca que jogava na esquerda!

Quem lhe "estragou" a vida no FC Porto foi o velho Bella Gutmman que adaptou o Rodolfo a lateral direito e que mais tarde se viria a destacar... no meio campo!

Regressaria a Guimarães...

Vemo-lo de quando em vez no Dragão e sabemo-lo portista. Embora, com o coração vimaranense... natural!

Anónimo disse...

Apenas um reparo, não como opinião, que também tenho direito a ela (ref. comentário anónimo sobre "historiador"...) mas precisamente porque afinal não ando distraído historicamente: A despedida do Américo não foi contra o Braga mas com o Benfica, quando Américo entregou sua camisola ao Aníbal - como aliás tenho em diversos posts que tenho dedicado ao Américo nos m/ blogues...

Prof. Luís Costa disse...

Aqui estão umas fotos do meu pai:

http://manuelgualter.wordpress.com/2014/10/08/130/

Luís Costa

Unknown disse...

morreu um cliente um amigo....