4 de julho de 2010

Valdemar

Valdemar de Barros Pacheco nasceu no dia 26 de Outubro de 1943 em Lordelo, Paredes.
Iniciou-se no mundo do futebol no clube da sua terra, o Aliados Futebol Clube de Lordelo, mas ainda júnior chegou ao Futebol Clube do Porto.
Na condição de júnior fez parte do plantel que disputou o Torneio Internacional de Juniores da UEFA de 1961. Nesse mesmo ano, Valdemar subiu à categoria de sénior dos portistas.
Foi emprestado durante uma temporada ao C.F. União de Lamas. Depois foi obrigado a cumprir o serviço militar e regressou às Antas em 1965.
A sua estreia com a camisola dos Dragões aconteceu no dia 19 de Setembro de 1965 no Estádio do Mar em Matosinhos quando os portistas venceram o Leixões S.C. por 3-2, num jogo a contar para a 2ª jornada do Campeonato Nacional de 1965/66.
Valdemar venceu a Taça Associação de Futebol do Porto na temporada de 1965/66 mas o ponto alto da sua carreira foi a Final da Taça de Portugal de 1967/68 em que o F.C. Porto venceu o V. Setúbal por 2-1 com Valdemar a apontar o golo do empate através de um livre directo.
Esteve ainda presente em momentos importantes para o F.C. Porto. Em Janeiro de 1970 os portistas viajaram até ao Brasil para participar na festa de inauguração do Estádio Cícero Pompeu de Toledo a convite do São Paulo F.C., o jogo no novo recinto do morumbi terminou empatado. Em Setembro de 1972, foi um dos títulares nos dois jogos da 1ª eliminatória da Taça UEFA em que os Dragões derrotaram o F.C. Barcelona por 3-1, nas Antas e 1-0 em Camp Nou.
No final da temporada de 1973/74 deixou o F.C. Porto. Valdemar jogou de Dragão ao peito durante 9 temporadas. Participou em 230 partidas oficiais. Marcou 5 golos e conquistou 2 Títulos.
Em 1974/75 ingressou no S.C. Espinho, passou depois pelo S.C. Salgueiros, de seguida ingressou no F.C. Paços de Ferreira e regressou ao Aliados Futebol Clube de Lordelo onde terminou a sua carreira de futebolista.

Palmarés
1 Taça de Portugal
1 Taça Associação de Futebol do Porto

5 comentários:

Anónimo disse...

Um possante defesa, que ficou na História por esse portentoso golo na final da Taça / 68. Integrante de boas equipas onde pontificava, junto com o grande guarda-redes Américo, mais Alberto Festa, Custódio Pinto, Jaime Silva, Nóbrega, e outros, que apenas não tiveram mais hipóteses por ter sido nos tempos mais assanhados do sistema imperial-salazarista, como se viu na selecção do Mundial / 66, onde não se foi além do 3º lugar por causa dessaS POLÍTICAS, VINDO ANOS DEPOIS O SELECCIONADOR Manuel Luz Afonso LAMENTAR-SE, ARREPENDIDO, POR NÃO TER POSTO A JOGAR O AMÉRICO...

dragao vila pouca disse...

Defesa polivalente e que tinha um excelente pontapé. Pena ter jogado nos tempos das vacas magras, onde apenas ganhamos a Taça ao Setúbal. É um grande portista, que encontro às vezes no Dragão.

Um abraço

Anónimo disse...

Certo!

Valdemar
- "o quadrado",

Leopoldo,
- "o bacalhau" e o

Jaime,
- "o ventoinha"


Agora são todos,

- "os mercenários".

Dragão Maronês disse...

Eu vi!
Com estes dois olhos que a terra há-de comer, o golo que ele marcou ao Vitória de Setúbal no Jamor. A nossa fome de vitórias, nesse tempo, era uma fome de etíope, embora às vezes chegássemos a sentar-nos à mesa. Mas quando chegava o momento de comer éramos afastados ou porque fazia sol, ou porque fazia chuva, ou por isto, ou por aquilo ou simplesmente porque sim. E pronto!
Era o tempo das vacas magras e do "bezerro de ouro" que era como Pedroto passou a designar o banqueiro Pinto de Magalhães a partir da época de 1969 quando aí fomos nós, por nossa iniciativa, a entregar o ouro (O Campeonato) aos bandidos. Era um tempo em que nós os Portistas em Lisboa e nos seus arredores, quase nos conhecíamos todos uns aos outros e eu ainda adolescente ouvia o Sr. Guilhermino Oliveira alma mater da Casa do F.C.Porto de Lisboa, então na Avª da Liberdade, a lamentar-se da dificuldade de manter o seu filho fiel ao Porto, dado que a hegemonia dos galináceos da 2ª Circular era avassaladora e as migalhas que deixavam cair eram apanhadas pela lagartada.Já nesse tempo não se importavam de ser segundos.
Como tudo isto está longe, e como o Porto cresceu entretanto.
Quando o Porto foi Campeão Europeu em 1987 lembro-me de ter pensado que já não ia morrer sem ter visto o meu Porto Campeão Europeu e depois disso já o vi Campeão Europeu outra vez e mais Campeão Intercontinental e Vencedor da Taça UEFA e da Supertaça Europeia e tantos Campeonatos Nacionais e tantas Taças de Portugal e quase todas as Supertaças nacionais e, desconfio que ainda hei-de vê-lo Campeão Europeu outra vez.
A única chatice é que eu estou a começar a envelhecer. Mas ao menos envelheço de barriga cheia.
Bibó Porto!!!

Dragão Azul Forte disse...

Valdemar: um grande defesa com pontapé canhão.
Dragão Maronês: grande portista e um excelente comentário.
Um abraço.