19 de abril de 2009

Tomislav Ivic

Tomislav Ivic nasceu no dia 30 de Junho de 1933 em Split, Croácia.
Na época de 1953/54 começou por jogar futebol no R.N.K. Split, onde conquistou o Campeonato da Jugoslávia da 2ª Divisão. Em 1957/58 mudou-se para o H.N.K. Hadjuk Split, começando por ser extremo-esquerdo até se afirmar definitivamente a médio. Aos 34 anos terminou a sua carreira de jogador no final da época de 1962/63.
Pouco depois tirou o curso de treinador que lhe valeu, em 1968, estrear-se nessa nova função nas camadas jovens do Hajduk Split. Cinco anos depois passou a técnico principal e venceu 3 Taças da Jugoslávia (1972/73, 1973/74 e 1975/76), e 2 Campeonatos da Jugoslávia (1973/74 e 1974/75). Na temporada de 1976/77 transferiu-se para o Ajax F.C., esteve em Amesterdão duas épocas e conseguiu vencer o Campeonato da Holanda na sua primeira época. Em 1978/79 voltou ao Hajduk Split onde foi novamente Campeão jugoslavo nessa época. Em 1980/81 assumiu o comando técnico do R.S.C. Anderlecht durante três temporadas e conquistou o Campeonato da Bélgica em 1980/81 e a Taça UEFA em 1982/83. Depois passou pelo Galatasaray S.C., G.N.K. Dinamo Zagreb, U.S. Avellino, Em 1985/86 comandou o Panathinaikos A.O. e venceu o Campeonato da Grécia dessa época. Regressou à Jugoslávia e ao H.N.K. Hadjuk Split em 1986/87.
No início da temporada de 1987/88 foi contratado pelo Futebol Clube do Porto.
No comando técnico dos Dragões, Ivic venceu a Taça Intercontinental, a Supertaça Europeia, a Taça de Portugal e ainda se sagrou Campeão Nacional onde foi a equipa que teve mais pontos, mais vitórias, mais golos marcados, menos golos sofridos, menos empates e menos derrotas, venceu todos os jogos disputados no Estádio das Antas e deixou o segundo classificado a 15 pontos, isto quando a vitória dava 2 pontos.
Tomislav Ivic deixou os portistas no final dessa época com 4 Títulos conquistados.
Na época de 1988/89 rumou a França para treinar o Paris S.G. durante duas temporadas. Em 1990/91 esteve em Espanha para orientar o Atlético Madrid, tendo vencido a Copa do Rei. Na época seguinte voltou a França para assumir o comando técnico do Olympique Marselha e conquistou o Campeonato Francês. Em 1992/93 regressou a Portugal para ser o treinador do S.L. Benfica, mas ao fim de 12 jogos oficiais foi dispensado.
Na temporada de 1993/94 voltou ao Futebol Clube do Porto para substituir o brasileiro Carlos Alberto Silva, no entanto a segunda passagem pelos Dragões não conheceu a felicidade da primeira e em Janeiro de 1995 colocou o lugar à disposição.
Voltou à Croácia para ficar ligado à FIFA e organizar o futebol do seu país. Em 1995/96 assumiu o cargo de treinador da Selecção dos Emirados Árabes Unidos. Em 1997 mudou de ares e orientou a Selecção do Irão. Ainda voltou a treinar o Olympique Marselha durante a temporada de 2000/01, mas no final dessa época abandonou definitivamente a carreira de treinador.
Faleceu no dia 24 de Junho de 2011 devido a problemas cardíacos.

Palmarés
1 Taça Intercontinental
1 Taça UEFA
1 Supertaça Europeia
1 Campeonato Nacional da 1ª Divisão (Portugal)
3 Campeonatos da Jugoslávia
1 Campeonato da Holanda
1 Campeonato da Bélgica
1 Campeonato de França
2 Taças de Portugal
1 Taça de Espanha
3 Taças da Jugoslávia

7 comentários:

RicFCP disse...

Foi obreiro de uma das melhores épocas de sempre do FCP e é, com toda a cerreza, um dos nomes grandes da nossa história. E foi ele quem lançou Rui Barros.

Contudo, a 2ª passagem pelas Antas revelou-se um fracasso total!

A frase "Gomes é finito" e a substituição deste perto do fim do jogo, na Supertaça Europeia, impedindo-o de, como capitão, ser ele a levantar o troféu (e a assobiadela monumental a essa substituição) e o futebol extremamente defensivo que a equipa praticava fizeram com que nunca os sócios e adepto do FCP se identificassem com este treinador.

Penso que na segunda época em que cá esteve foi aquela em que eu a menos jogos ao vivo assisti, tal era o mau futebol exibido! Contudo, lembro-me também do tremendo aplauso que recebeu (meu incluído) quando veio às Antas, como dirigente (não tenho presente qual o cargo que ocupava na altura), penso que do Standard Liège.

dragao vila pouca disse...

Meu caro, um grande treinador e um grande senhor. Pegou no F.C.Porto após o título europeu, com uma equipa já a precisar de renovção e obviamente, isso não facilitou a sua missão, que mesmo assim, e apesar de alguma contestação, fo muito boa com vários títulos conquistados.
Da segunda vez que voltou já não foi feliz e saiu muito prematuramente...

Assisti a vários treinos dele no F.C.Porto e posso dizer que era um craque nos pormenores. Ainda recordo uma lição que deu ao Barriga - lembras-te dele? - de domínio de bola, que nunca mais me saiu da memória.

Um abraço

Paulo Moreira disse...

Dragao vila pouca, lembro-me do Barriga, mais pelo seu curioso nome do que pelos dotes futebolísticos.

RicFCP, o Ivic na primeira passagem pelo FCP ganhou o Campeonato (com uma enorme vantagem para o 2º), ganhou também a Taça de Portugal, ou seja a tal dobradinha (o que não acontecia desde a época de 1956/57,). A isso juntou a Intercontinental e a vitória na Supertaça Europeia (única até hoje). Foi dos treinadores mais ganhadores em apenas uma temporada no FCP.
A segunda passagem não correu nada bem, mas isso não lhe tira mérito no que fez quando passou por cá pela primeira vez, e a prova foi dada pelos adeptos que o aplaudiram alguns anos mais tarde.
Na minha opinião ganhou um lugar de destaque na história do FCP.

RicFCP disse...

Paulo Moreira, é precisamente pela 1ª época que digo que "foi obreiro de uma das melhores épocas de sempre do FCP".
E eu também o aplaudi quando ele veio ao Porto alguns anos mais tarde!

Contudo penso ser mais ou menos óbvio que o Ivic nunca foi um treinador que "caísse no goto" da maioria dos adeptos (mesmo ganhando o campeonato com 15 pontos de avanço, a Taça, a Intercontinental e a Supertaça Europeia)... e o problema com o Gomes também não ajudou!

E a 2ª época foi um fracasso total.

Contas feitas, o Ivic não deixa de ser uma "estrela do FCP" apesar de eu não ter sido grande apreciador do homem enquanto treinador.

Cumprimentos,

Miguel Lima disse...

caríssimos,

apesar de Ivic não ter caído no goto dos portistas, relembro que foi graças a ele - e à sua táctica ultra defensiva - que o FC Porto foi capaz de atingir a fase de grupos da Liga dos Campeões, nessa longínqua época de 1993/1994, ao derrotarmos o Feyenoord, com um golaço do Domingos, no último minuto do jogo da primeira mão, nas Antas. e posso dizer que «eu estive lá!» [na Arquibancada, mais precisamente]

abraços e saudações portistas

Miguel

Anónimo disse...

O Ivic era um Trapattoni. Duas velhas raposas. Muita experiência, mas pouco expansivos.

Anónimo disse...

Nunca gostei do estilo do Ivic, mas há que dar o mérito de ter ganho o campeonato com 15 pontos de avanço quando a vitória sõ valia 2 pontos.

Na segunda passagem foi um burro teimoso, mas depois da figura que ele tinha feito no benfica nunca deveria ter sido contratado. Nas competições europeias destaque para uma vitória em casa 3-2 ao werder bremen, com um golaço de rui jorge, mas aquilo esteve tremido no fim.


RS